A Vale e a ROGESA (Roheisengesellschaft Saar mbH), subsidiária das empresas Dillinger e Saarstahl AG, firmaram um contrato plurianual de fornecimento de pelotas que destaca um passo significativo rumo à descarbonização do setor siderúrgico. O acordo estipula o fornecimento de pelotas de alto-forno de 2025 a 2027, com uma transição para pelotas de redução direta a partir de 2028, após a inauguração da planta de redução direta da ROGESA na unidade de Dillingen.
Com a nova planta de redução direta e fornos elétricos a arco, a indústria siderúrgica de Saarland passará a produzir aço com emissões reduzidas, substituindo o uso de coque por hidrogênio na conversão do minério de ferro em hot-briquetted iron (HBI).
Bruno Pina, diretor de Vendas da Vale, destacou a importância do acordo, afirmando que a parceria de longa data com a ROGESA contribuirá para um futuro mais sustentável na produção de aço. Ele ressaltou que tanto as pelotas de redução direta quanto os briquetes inovadores da Vale serão essenciais para o funcionamento de fornos elétricos a arco, o que permitirá uma expressiva redução das emissões de carbono no setor siderúrgico.
Stefan Rauber, presidente do Conselho de Administração da SHS – Stahl-Holding-Saar e da Dillinger e Saarstahl, reforçou a importância da parceria para garantir matéria-prima de alta qualidade, enquanto Frank Becker, diretor administrativo da ROGESA e da ZKS, destacou a empolgação com o fortalecimento da cooperação com a Vale, que dará suporte à transição para uma produção de aço mais sustentável.
A Vale mantém o compromisso de reduzir em 15% suas emissões líquidas de escopo 3 até 2035 e diminuir em 33% as emissões de escopo 1 e 2 até 2030, com a meta de alcançar a neutralidade de carbono até 2050, alinhada com os objetivos do Acordo de Paris.
Sobre a ROGESA
Fundada em 1981 e localizada em Dillingen, a ROGESA é uma subsidiária da Dillinger e Saarstahl AG, com ambas as empresas detendo 50% de participação. A ROGESA opera com dois altos-fornos que produzem o metal quente utilizado pelas siderúrgicas de Dillinger e Saarstahl, cujo aço é empregado em projetos globais, incluindo o desenvolvimento de energias renováveis.